Representantes dos governos estadual, federal, municipal e outras organizações sociais, incluindo cooperativas e associações dos nove territórios participantes, estiveram presentes, nesta quinta-feira (20), para definir o Comitê Gestor da ação Cordeiros e Cabritos da Bahia. O Encontro foi realizado no auditório do Serviço Territorial de Apoio à Agricultura Familiar (SETAF), em Juazeiro.
Na ocasião, foram traçados planos para o fortalecimento da Caprinovinocultura com ações que vão desde assistência técnica continuada, até implantações de estruturas necessárias como frigoríficos e casa de rações, com o propósito de reestruturar o sistema produtivo e estabelecer melhor a organização de pelo menos 20 mil famílias distribuídas nos territórios, agora acompanhadas por um Comitê estadual.
Para Wilson Dicas, assessor técnico da União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado da Bahia (Unicafes) e da Fundação Luís Eduardo Magalhães, é importante essa definição de comissão para que se entenda melhor os detalhes, as necessidades e investimentos que vão desde a base de produção até a comercialização dos produtos. “Este Comitê, uma vez constituído, vai ter a incumbência de acompanhar, monitorar, avaliar e ir planejando o detalhamento operacional das ações que foram definidas no evento”, ressalta.
Entre as instituições escolhidas para compor o grupo, está a Central de Comercialização das Cooperativas da Caatinga (CECAAT), com cerca de 400 agricultores vinculados a atividade de comercialização de cordeiros e cabritos para abatedouros frigoríficos, mais três laticínios de cooperativas filiadas e com a fábrica de concentrados prevista para inauguração ainda este ano.
“Ficamos felizes em compor esta comissão gestora essencial para organização e fortalecimento do sistema produtivo, enxergando também como reconhecimento pelo trabalho realizado. Atualmente, estamos atentos a fábrica de concentrados que será implementada. Estamos na expectativa de inaugurar até o final do mês de setembro para atender os criadores de pequenos ruminantes caprino e ovino de corte e leite”, conta Jorge Trindade, ATEG da Central, que coordena as atividades de campo para comercialização de animais para abate certificado.
Para Jorge, é essencial a formação do Comitê estadual, para melhor organização e aplicação dos investimentos, uma vez que, estruturas como essas são necessidades citadas pela maioria das organizações presentes. “O objetivo é conseguir repassar concentrado pronto, com preço diferenciado e com orientações técnicas para evitar que os agricultores tenham gastos elevados com ração e melhor produtividade”, finaliza.
A expectativa pós-evento é que se tenha um desenvolvimento da cadeia produtiva da caprinovinocultura feito com “maior eficiência e maior integração de organizações, trazendo o banco do nordeste, Sebrae, as organizações da agricultura familiar, cooperativas, associações e também toda SDR: a CAR, CDA e BAHIATER. Todos envolvidos, juntos e integrados para dinamizar esse sistema produtivo no estado”, afirma Wilson Dias.
Essas ações de desenvolvimento seguem em discussão junto ao Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e tem sua próxima reunião prevista para o mês de agosto.